A Universidade de Évora e o Banco Espírito Santo (BES) vão criar uma cátedra dedicada às energias renováveis, dotada de cem mil euros anuais, para fomentar a investigação científica na área da captação e armazenamento energético.
«O tema das energias renováveis é muito importante para o país, que é deficitário em termos energéticos e importa uma parte muito significativa do que consome, e para o Alentejo, região rica em energia solar», disse o reitor da Universidade de Évora (UÉvora), Jorge Araújo.
Por isso, em declarações à agência Lusa, o reitor justificou ser «pertinente e estratégica» a criação desta cátedra, a «primeira em Portugal» centrada nesta área.
«Queremos instalar na Universidade de Évora um núcleo forte e de grande competência em matéria de energias renováveis», assegurou.
Segundo o reitor, a equipa vai focar a sua atenção, sobretudo, no «estudo e investigação em matérias ligadas à tecnologia de conversão e armazenamento de energias renováveis solar térmica e termoeléctrica».
Jorge Araújo destacou ainda que esta parceria com o BES na concretização da nova cátedra assume particular relevo quando, em Badajoz, na Extremadura espanhola, está previsto ser instalado o Instituto Ibérico de Energias Renováveis, acordado entre Portugal e Espanha.
A «Cátedra BES Energias Renováveis», à qual o banco se compromete a doar cem mil euros anuais, durante cinco anos, mediante um protocolo já assinado, deverá ainda ser apoiada pela Fundação para a Ciência e a Tecnologia (FCT), acrescentou.
A academia alentejana foi pioneira em Portugal na constituição de cátedras com empresas, tendo esse «primeiro passo» sido dado em 2008, com a criação da «Cátedra de Biodiversidade Rui Nabeiro», juntamente com a Delta Cafés.
A cooperação formalizada com o BES não se limita à área das energias renováveis e inclui, entre outros pontos, a atribuição de prémios e bolsas aos melhores alunos. O BES assume também a sua disponibilidade para receber estudantes da academia alentejana como estagiários, quer no banco, quer em empresas do Grupo Espírito Santo.
TVI24 e Universidade de Évora
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