O secretário do Comércio dos Estados Unidos, Gary Locke, e a chefe da agência americana para Oceanos e Atmosfera, Noaa, Jane Lubchenco, anunciaram nesta segunda-feira o plano de criar uma nova agência federal exclusivamente dedicada às mudanças climáticas.
A criação da nova agência, no entanto, ainda precisa ser aprovada no Congresso americano.
O Noaa, um dos centros de estudo da atmosfera mais respeitados do mundo, ficará responsável pela criação do órgão, que trabalharia em conjunto com outras duas agências, o Serviço Nacional de Meteorologia e o Serviço Nacional de Oceanos, ambos ligado à própria Noaa.
Recentemente, a Noaa divulgou estudos afirmando que os dez anos entre 2000 e 2009 foram os mais quentes já registrados, seguidos pela década de 90.
"Cada vez mais gente quer ter mais informações sobre o clima e como ele os afeta", afirmou Lubchenco. "Por isso, as autoridades decidiram reunir todas as operações do governo sobre o assunto numa só unidade."
Novas tecnologias
Escritórios que já trabalham com meteorologia no Noaa e em outras agências governamentais seriam incorporados por esta nova agência climática.
A nova unidade deverá ser administrada por Thomas Karl, atual diretor do Centro Nacional de Dados sobre o Clima, e deve ficar baseada em Washington, além de ter seis diretores regionais em diferentes pontos dos Estados Unidos.
"Ao fornecer informações vitais para planejamento que as nossas empresas e comunidades necessitam, o Serviço Climático do Noaa vai ajudar a enfrentar de frente os desafios de mitigação e adaptação às mudanças climáticas", afirmou Locke, acrescentando que novas tecnologias e empresas serão criadas neste processo.
De acordo com o Noaa, diversos representantes da sociedade civil também elogiaram a iniciativa do governo americano.
Além da criação do novo serviço, o Noaa também anunciou a criação de um novo portal na internet, o climate.gov para reunir todas as informações relacionadas ao clima atualmente produzidas pela agência.
De acordo com as autoridades, o portal visa a atender cientistas, formadores de opinião, educadores e empresários, além do público em geral.
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