quinta-feira, 2 de dezembro de 2010

T.I. Verde – Desenvolvimento sustentável com qualidade

Para quem nunca ouviu falar, T.I. Verde não é uma tecnologia. Na verdade, ela consiste em um conjunto de práticas e tecnologias que possuem o objetivo de reduzir o consumo (e consequentemente os custos) de energia por parte dos sistemas informatizados e reduzir o consumo dos recursos de impressão (quer seja tinta, ou papel).


Esse tema é um hype e segundo consultorias como IDG e Gartner é uma das áreas de tecnologia mais promissoras para os próximos 5 anos. Esse tema está cada vez mais presente na cabeça dos CIO’s e gestores de organizações, tanto das organizações públicas, quanto de organizações privadas.

Por trás dos conceitos que servem de base para T.I. Verde há conceitos como Virtualização e Consolidação de Servidores.

Se falarmos do hardware, o processo todo consiste em três partes. São elas:

1. Fabricação: Envolve todo o processo de fabricação, utilizando produtos que poluam o mínimo possível o ambiente, melhorar os processos para que o consumo de energia seja reduzido.

2. Administração e Utilização: Define como as empresas tratam seus recursos de T.I. Aqui podemos levar em consideração a aquisição de equipamentos que consumam menos energia, terceirização dos serviços de impressão, etc.

3. Descarte Inteligente: Define como os recursos de informática que tiveram seu tempo de vida útil alcançado possam ser descartados corretamente, de forma que não poluam o meio ambiente.


Se formos analisar, veremos que muitas das gigantes da área de T.I . já estão pensando verde. Podemos citar HP, Cisco, IBM, Google, Microsoft, entre outras.

A líder mundial no setor de redes, Cisco, desenvolveu um appliance que incorpora sete serviços em um único equipamento. No mesmo aparelho temos funções como proxy, firewall, PoE (Power over Ethernet), e outros. Dessa forma, os equipamentos que antes eram implementados cada um no seu chassi, hoje são incorporados a um único chassi que reduz consumo de energia, demanda menos refrigeração e ocupa menos espaço.

A gigante das buscas e da Internet – Google – está implementando um projeto seu revolucionário, o primeiro datacenter que funcionará em alto mar. O navio que hospedará esse conjunto de servidores será auto-suficiente. Ele usará o movimento das ondas e a luz solar para energizar os servidores que irão compor o datacenter. Tudo isso visa economizar energia e reduzir os custos existentes para o funcionamento dessa infraestrutura.

Um dos conceitos atrelados ao da T.I. Verde é o de consolidação de servidores. Podemos ver essa tecnologia a partir de dois ângulos diferentes. Podemos consolidar muitos servidores físicos em poucos servidores físicos também, e podemos consolidar vários servidores físicos em um único servidor através de virtualização, que falaremos mais na frente.

Com essa diminuição de servidores físicos, há uma redução no consumo de energia, o espaço a ser controlado e refrigerado será bem menor, as máquinas podem apresentar um melhor gerenciamento de energia.

Há uma tecnologia da IBM chama de Blade Center. Esta tecnologia permite uma significativa redução de tamanho quando o assunto é consolidação de servidores. Podemos integrar inclusive switches layer 4, 7 e switches SAN (Storage Area Network) dentro do Blade da IBM. Além de permitir uma redução de espaço, há uma redução no consumo de energia, tanto na parte dos equipamentos quanto na parte do resfriamento dos locais onde esses equipamentos são implementados.

Outra tecnologia bastante ligada à T.I. Verde é a virtualização. Essa tecnologia é bastante interessante e permite que executemos programas de sistemas operacionais diferentes ao mesmo tempo, que possamos aproveitar melhor os recursos de hardware, diminuindo significativamente o período de ociosidade das máquinas.

O interessante da virtualização é a quebra de paradigma que ela causa. Somos acostumados a pensar (e ver) cada recurso como um recurso físico, com suas características, propriedades que lhe são inerentes, como desempenho, consumo de energia, etc. Através dessa tecnologia passamos a ver cada recurso como um recurso lógico, que simula um recurso físico e teoricamente deve apresentar características muito parecidas ao seu correspondente recurso físico.

Para usuários comuns esse processo é completamente transparente. Apesar de a virtualização já ser uma tecnologia bem madura, ela ainda possui alguns desafios a serem vencidos.

Para concluir, esse hype que está presente na cabeça de vários CIO’s e gestores é uma das promessas para os próximos cinco anos. Cada vez mais as empresas estarão preocupadas com a redução de custos, e além do mais cria-se uma imagem benéfica para empresa, que pode mostrar-se social e ambientalmente correta.

Há um site, o green500, que mostra quais empresas já estão se preocupando com a questão ambiental, e até criou uma unidade de medida para estabelecer a relação consumo/processamento. Esta unidade é o Mflops/watt. Ela mede quantas operações de ponto flutuante a máquina consegue executar gastando apenas um watt.

Espero que o texto possa ser útil e em breve estarei disponibilizando a minha apresentação sobre o tema que utilizei na monografia.

Autor: Osvaldo Filho
Fonte: http://osvaldofilho.wordpress.com/2010/11/12/t-i-verde-desenvolvimento-sustentavel-com-qualidade/#comment-37

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