A circulação de carros elétricos pode provocar um aumento das emissões de dióxido de carbono (CO2), a menos que estes veículos sejam abastecidos com energia “verde”.
Um relatório apresentado em Bruxelas revela que colocar carros elétricos em circulação pode conduzir a um aumento das emissões de dióxido de carbono, a menos que estes sejam abastecidos com energia “verde”. O relatório foi preparado pelas associações ambientalistas Amigos da Terra – Europa, Greenpeace e Federação Europeia dos Transportes e Ambiente (T&E).
O estudo avisa que a legislação europeia que regula as emissões dos carros apresenta graves lacunas, ao autorizar os construtores automóveis a “compensar” a venda de veículos elétricos com a venda de veículos mais poluentes, que escapam aos limites de emissão definidos na legislação. Por cada carro elétrico vendido, os construtores automóveis beneficiam de 3,5 “supercréditos”, ou seja, a permissão de venda de 3,5 carros altamente poluentes, sem que as emissões desses veículos sejam contabilizadas no cálculo das emissões médias desse construtor (usadas para efeito de cumprimento dos limites de emissão).
O resultado desta regra é que a venda de 10 por cento de veículos elétricos pode levar a um aumento de 20 por cento no consumo de combustível e emissões de carbono no setor automóvel.
Por isso, as organizações ambientalistas apelam à eliminação da referência aos “supercréditos”, apelando a que esta correção seja já introduzida na proposta para regular as emissões dos veículos ligeiros de mercadorias, cuja adoção está agora em discussão.
Adicionalmente os ambientalistas esperam que todos os veículos elétricos vendidos no mercado Europeu venham dotados de uma tecnologia de abastecimento inteligente que permita que a energia usada para carregar as baterias seja sobretudo proveniente de fontes renováveis – como a eólica e a solar.
Fonte: Portal Energia
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