Um parque de desktops com sistema operacional Windows 98 e placas de rede com capacidade de tráfego de 10 Mbps. Esse era o cenário da empresa atacadista mineira Tambasa há dois anos. Com máquinas antigas, a necessidade de upgrade era urgente, mas o dinheiro disponível não era suficiente para a troca de todo o parque.
A solução para renovar os equipamentos e não zerar o caixa foi a virtualização dos desktops. A empresa trocou os equipamentos por terminais multiusuários, oferecidos pela companhia brasileira Ory Soluções Tecnológicas.
Diferentes dos conhecidos thin clients, esses terminais são pequenas caixinhas (aproximadamente 10 centímetros de largura) que ficam presas na parte traseira de um monitor LCD. Internamente carregam uma placa de rede e uma pequena placa com uma conexão de rede, memória e entrada para mouse e teclado. Cada terminal é conectado via rede a um servidor da empresa. Assim como numa virtualização tradicional, todas as aplicações rodam direto no servidor e os funcionários usam os terminais apenas para receber e visualizar as os programas.
De dois anos pra cá a Tambasa trocou 180 desktops pelos terminais multisuários. Hoje a empresa possui nove servidores espalhados pelos principais departamentos da rede atacadista. São seis máquinas Windows e três Linux. Eles possuem processador Quad core e 4 GB de RAM. Cada servidor suporta até 30 máquinas e são eles os responsáveis por entregar as aplicações aos usuários.
Hoje, os 180 terminais multiusuários que rodam na Tambasa estão funcionando sem problemas, mas nem sempre foi assim. No início da instalação do sistema, conforme foi aumentando o número de máquinas, aumentou também o consumo de rede. Conseqüentemente o uso dos aplicativos ficou muito lento. E isso estava prejudicando a produtividade dos funcionários.
Para resolver o problema, a equipe de desenvolvimento da Ory foi chamada à empresa para estudar o caso. Feita a análise chegou-se a conclusão que eram necessárias duas placas de rede nos servidores para dividir o tráfego de rede. Enquanto uma ficaria responsável pelo tráfego de dados entre PCs e servidores, outra placa faria a comunicação com a internet. A experiência deu certo e a empresa conseguiu até reduzir o seu consumo de rede. "Com esse acerto os usuários passam a maior parte do tempo usando somente a conexão direta com os servidores. A rede da empresa só é usada quando realmente é necessário, ou para acessar o ERP ou para ir à internet", diz Gilson Alves da Silva, responsável pela TI da Tambasa.
Além do menor tráfego de rede, a Tambasa conseguiu diminuir o gasto de manutenção, já que o conserto de um terminal do sistema multiusuário tem um custo 30% menor. Também foi reduzido o consumo de energia, uma vez que um terminal multiusuário utiliza 35,4 VA de energia, contra 118 VA de um PC convencional.
Além das novas máquinas, a Tambasa trocou os monitores. Todos os tubos CRT saíram de cena e deram espaço a telas LCD, que ocupam menos espaço e consomem menos energia.
O investimento total no sistema foi de aproximadamente 95 mil reais. Segundo a Tambasa, o retorno sobre o investimento deve ser atingido no próximo ano.
Fonte: Info Examen
Nenhum comentário:
Postar um comentário